Japão endurecerá controle de fronteira para viajantes vindos da China

Apresentação de teste negativo para o coronavírus será necessário

O Japão endurecerá as medidas de controle de fronteira para viajantes provenientes da China a partir de 8 de janeiro, disse o primeiro-ministro Fumio Kishida nesta quarta-feira (4).

Os casos de covid-19 explodiram na China em dezembro após o relaxamento das medidas de combate à transmissão do coronavírus.

Entre as medidas adicionais estão a necessidade da apresentação de resultados negativos do teste de coronavírus no pré-embarque para passageiros de voos diretos da China, disse Kishida, fortalecendo as medidas de emergência existentes que o Japão iniciou em 30 de dezembro.

Com isso o Japão se junta a outros países que tomaram a mesma medida, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália. A Nova Zelândia é uma das exceções e segue sem pedir testes negativos para viajantes que vêm da China.

O governo japonês também continuará pedindo às companhias aéreas que limitem voos adicionais da China, disse Kishida também em uma entrevista coletiva de Ano Novo transmitida pela televisão nacional.
Fonte: Alternativa com Reuters

Japão considera relaxar restrições de viagens para mais países

No relaxamento de restrições, a prioridade será dada a viajantes a negócios, seguidos por estudantes e, finalmente, turistas

O governo está realizando ações para relaxar restrições de viagens recíprocas com Taiwan, Coreia do Sul e China, iniciando com viajantes a negócios, disseram fontes, divulgou o jornal Asahi na quarta-feira (1º).

Negociações sobre a questão devem iniciar ainda este mês, e o governo pode acrescentar outras nações – Brunei e Myanmar incluídos – em discussões similares.

Oficiais japoneses decidiram escolher Taiwan, Coreia do Sul e China porque curvas na pandemia de coronavírus nessas nações se atenuaram, disse a fonte.

Taiwan será o primeiro destino dos três que o Japão dará prioridade em negociações sobre um possível relaxamento de restrições, incluindo condições para quarentena e controle de epidemia.

Visitantes de Taiwan, Coreia do Sul e China serão obrigados a passar por teste de diagnóstico para Covid-19 quando entrarem no Japão, não somente antes de suas partidas ao país.

A capacidade de testes do Japão continuou sendo um obstáculo nos esforços para reabertura.

Oficias estão agora confiantes de que a capacidade será expandida significativamente, visto que examinar pessoas sem sintomas de Covid-19 se tornou possível com o teste de saliva, que é mais fácil do que conduzir um teste convencional que usa amostra nasal.

Negociações com Taiwan, Coreia do Sul e China marcariam uma segunda onda de tais discussões, após aquelas com o Vietnã, Tailândia, Austrália e Nova Zelândia, com os quais o Japão realizou desde junho.

Tóquio limitou o número de viajantes de cada um desses países a 250 por dia antes das negociações terem começado com essas nações.

Oficiais ainda estão considerando para qual extensão o número de viajantes deveria ser aumentado durante discussões com Taiwan, Coreia do Sul e China, disse a fonte.

No relaxamento de restrições, a prioridade será dada a viajantes a negócios, seguidos por estudantes e, finalmente, turistas.
Fonte: Portal Mie com Asahi

Coronavírus afetará fornecimentos de iPhones, diz Apple

A fabricante de iPhones é a primeira grande companhia dos EUA a dizer que a epidemia afetará suas finanças

A Apple alertou que a interrupção na China em decorrência do coronavírus significará que as receitas vão ficar abaixo das previsões.

A gigante da tecnologia disse que a produção e vendas foram afetadas e que “o fornecimento mundial de iPhones seria temporariamente limitado”.

A fabricante de iPhones é a primeira grande companhia dos EUA a dizer que a epidemia afetará suas finanças.

A Apple, que havia previsto receitas de até 67 bilhões de dólares no trimestre atual, não revelou o golpe provável.

“Não esperamos atender ao critério de receitas que fornecemos para o trimestre de março”, disse a companhia em uma declaração, acrescentando que “estava vivenciando um retorno mais lento para as condições normais” do que o esperado.

Com grande parte das lojas na China fechadas ou operando em horários reduzidos, as vendas de produtos da Apple serão menores, disse a companhia.

A Apple disse que “enquanto nossos locais parceiros de fabricação de iPhones estejam situados fora da província de Hubei – e enquanto todas essas instalações tenha sido reabertas – elas estão aumentando a produção de uma maneira mais lenta do que havíamos antecipado.

“Todas as nossas lojas na China e muitas de nossas lojas parceiras foram fechadas”, acrescentou.

“Além disso, as lojas abertas estão operando em horários reduzidos e com tráfego de clientes muito baixo. Estamos reabrindo gradualmente nossas lojas e continuaremos fazendo isso da forma mais estável e segura que podemos”.

Analistas estimaram que o vírus pode reduzir a demanda por smartphones pela metade no primeiro trimestre na China, que é o maior mercado do mundo para os aparelhos. A indústria de carros é um outro setor que vem sendo afetado pela interrupção em suas redes de fornecimento. Na semana passada, a fabricante de equipamento pesado JCB disse que estava cortando a produção no Reino Unido por causa de uma escassez de componentes que vêm da China.

“Enquanto temos discutido um impacto negativo do iPhone em decorrência do coronavírus ao longo das últimas semanas, a magnitude desse impacto de perder seu critério de receita no meio do caminho até fevereiro está claramente pior do que o temido”, escreveu o analista da Wedbush Daniel Ives em uma mensagem aos clientes.

Mas apesar de esperanças de que fábricas e lojas estão voltando ao normal lentamente, o alerta da Apple evidenciará que a economia da China será gravemente afetada pelo coronavírus.

A chefe do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, disse que pode haver um corte de cerca de 0.1 a 0.2 pontos percentuais no crescimento global, mas enfatizou que há muita incerteza sobre o impacto econômico do vírus.
Fonte: Portal Mie com BBC